CAMPANHA "SÃOJOANENSES UNIDOS PELA PAZ"
Quando
eu tinha 9 anos de idade, isso há quase 51 anos, o número de veículos automotores existentes na cidade não passava
talvez de uma dezena. Hoje, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Fazenda de Minas
Gerais temos mais de 10 mil veículos transitando por nossas ruas, que continuam
estreitas como antigamente, motivando os grandes problemas relativos à
circulação de veículos, assim como à segurança dos pedestres.
TIPO/VEÍCULO
|
QUANTIDADE
|
AUTOMÓVEIS/UTILITÁRIOS
|
5.643
|
CAMINHÕES
|
255
|
CAMIONETAS/SIMILARES
|
766
|
MOTOCICLETAS/SIMILARES
|
3.533
|
ÔNIBUS/MICROÔNIBUS
|
43
|
REBOQUES
|
144
|
TOTAL
|
10.384
|
No meu
tempo de criança a área urbana do município se restringia praticamente ao
centro e alguns bairros antigos, mas hoje possuímos mais que o dobro, talvez o triplo, de
bairros que existiam naquela época.
Eram
tempos em que as famílias colocavam cadeiras do lado de fora das casas, à
tardinha, para um saudável bate-papo com os conhecidos que passavam. Dormíamos
com as janelas abertas e até mesmo as portas de nossas casas ficavam apenas
encostadas.
A cadeia
pública tinha mais celas do que presos - a maioria deles autores de pequenos delitos
- que ficavam apreciando o movimento da rua pelas janelas gradeadas, até mesmo
solicitando às pessoas que dessem recados para seus familiares e muitas vezes
nos pedindo cigarros ou que comprássemos alguma coisa para eles.
Juízes e
Promotores residiam na Comarca e
conviviam no dia a dia da população. Existia a figura do Delegado Municipal,
muito bem representada por cidadãos locais de conduta exemplar e moral ilibada,
tendo entrado para história o Sr.Hercílio Ferreira, o “Bolote”, como um
delegado exemplar, repeitado por todos, principalmente pelas crianças, muitas
delas hoje adultas , até mesmo com idade bem avançada, que dele se lembram com
saudade.
A realidade dos dias de hoje, porém, é
totalmente diversa daquela dos anos que já se foram. Devido ao grande número de
veículos os acidentes acontecem cada dia em maior número. A imprudência e o
desrespeito às leis de trânsito são a regra geral. Hoje não se pode mais pensar
em dormir com janelas abertas, graças à onda de furtos e assaltos que vem assolando
nossa terra. Os infratores da Lei, ao que parece, perderam totalmente o
respeito pelas autoridades constituídas.
As
polícias Militar e Civil, e até mesmo o
Poder Judiciário estão reféns de uma legislação arcaica e muitas vezes ineficaz
no combate à criminalidade cada vez mais crescente, gerando medo e sensação de
insegurança para os cidadãos de bem, cada dia mais reclusos, praticamente
entrincheirados em seus lares.
Chegou o
momento em que nós, cidadãos de bem, precisamos deixar de lado a discussão sobre
quem seriam os responsáveis, ou culpados, por esse estado de coisas que ora
todos nós vivemos. E por estarmos todos sendo prejudicados por esses fatos,
precisamos nos unir. Não apenas para protestar e exigir das autoridades uma
solução, mas também para buscarmos juntos esta solução. É absolutamente
necessário que todos colaborem, cada um a seu modo, nessa grande campanha em
favor da SEGURANÇA PÚBLICA. Os
empresários, por exemplo, dariam uma grande contribuição se investissem na
instalação de câmeras de vigilância e
alarmes em suas empresas, assim como a administração pública, ficando
responsável pela instalação desses dispositivos em locais estratégicos da
cidade. Quanto à população ordeira, representada pela maioria de nossos
cidadãos, poderia colaborar tomando precauções, comunicando à polícia
movimentações suspeitas próximo às suas residências, ajudando a vigiar
residências de vizinhos durante a noite principalmente, entre outras ações.
Sem mais
delongas, quero aqui render homenagem à Sra. Renée Cruz, que por meio da rede social
da internet,mais precisamente no
Facebook, recentemente levantou esta bandeira em defesa da volta da
tranquilidade na vida de todos nós sãojoanenses, que amamos de verdade a nossa
terra e a queremos de volta feliz e “Garbosa” como antes.
Por Nilson Magno Baptista
Comentários
Postar um comentário